GOVERNO FEDERAL VAI INVESTIR MAIS DE 2 BILHÕES NO MARAJÓ E TOCANTINS.


O Encontro de Prefeitos que compõe o Território da Cidadania do Marajó e baixo Tocantins com representantes de diversos órgãos do Governo Federal, foi um marco importante para o desenvolvimento socioeconômico das regiões.

Representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário e do INCRA anunciaram investimentos de mais de 2 bilhões em diversos programas sociais como o Minha Casa Minha Vida, com 750 milhões para atender 30 mil famílias; o Programa Água Para Todos, com 119 milhões beneficiando 36 mil famílias; 360 milhões para aquisição de alimentos e mais 342 milhões do Pronaf para assistência técnica, fomento e o programa de alimentação escolar, infraestrutura e abertura de estradas.

Para endossar os investimentos, ainda foi anunciada a doação de mais de 200 máquinas como retroescavadeiras e motoniveladoras a custo zero para as prefeituras que terão de dar manutenção, combustível e operadores. Parte dessas máquinas foi doada ano passado e o restante será entregue neste e no próximo ano. A Superintendência do Patrimônio da União (SPU) apresentou um cronograma de titulação de terras que vem sendo levado a efeito desde o ano passado e pretende documentar todas as terras urbanas e rurais em alguns anos. Esse esforço vem contemplar uma luta de décadas dos moradores de áreas que não possuíam titulação definitiva, impedindo a tomada de empréstimos e as transações de compra e venda. Os números apresentados pelo setor da agricultura familiar são exemplo de que o campo é a salvação da lavoura. A produção agrícola chega a 70% dos alimentos consumidos no Brasil; esse setor da economia já representa 10% do PIB brasileiro; 84% dos módulos rurais são da agricultura familiar e 30% do que é consumido na merenda escolar vêm dos pequenos produtores. Eles também empregam direta e indiretamente 70% da força do trabalho no país.

Esses anúncios eram muito esperados pela classe produtora e política dessas regiões que se fizeram presentes no auditório da SUDAM, nesta manhã. O secretário de agricultura de Cametá, Paulo Aviz, reconheceu que sua região deverá dar um salto de qualidade e de melhoria de vida das populações rural e urbana e que a região vai crescer não só com o dendê mas com produção de frutas, grãos, peixe em cativeiro e de outras atividades como o fruto do inajá, que pode produzir tanto ou mais que o dendê e não necessita de ser produzido como uma monocultura. A presidente da Associação dos Municípios do Marajó, Consuelo Castro, destacou que a modernização da agricultura familiar e os investimentos sociais trazem novo alento ao arquipélago. Mas o Governo Federal deve desonerar alguns impostos, reconhecer que o custo Marajó é maior em todos os sentidos como no transporte de alunos em embarcações e construções de prédios públicos. E exemplificou com o programa Minha Casa Minha Vida, onde os custos de construção são bem maiores. Consuelo prega um tratamento diferenciado para o Marajó abrindo mão de receitas como ICMS e outras taxas onde o Governo Federal fica com mais de 70% do valor arrecadado e o os municípios com apenas 17%. Castro defende ainda um investimento maciço no setor de turismo, a indústria sem chaminé, segundo ela, que poderá ser um divisor de águas na economia regional com a exploração do que o Marajó tem de melhor, suas praias, suas encantarias, a biodiversidades e a cultura de sua gente.


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